Conheça os procedimentos invasivos de amniocentese e biópsia de vilo corial

Conheça os procedimentos invasivos de amniocentese e biópsia de vilo corial
Atualizado em 6 de June de 2023

Procedimentos invasivos são punções feitas através do abdome da mãe que visam retirar algum material placentário e /ou fetal para análise laboratorial. A técnica utilizada para a obtenção de material depende de vários fatores como idade gestacional e tipo de análise laboratorial desejada. 

Todos os procedimentos fetais invasivos são realizados na sala de ultrassom, de forma relativamente simples, segura, com técnica asséptica e anestesia local quando indicada, e guiados por ultrassonografia em tempo real. 

Devem ser realizados por profissionais capacitados, especialistas em Medicina Fetal, com treinamento e experiência na realização de procedimentos invasivos. Por serem invasivos, podem trazer riscos para a gestante e para o bebê, sendo importante entender esses riscos e estar preparada para os resultados. 

Neste artigo, explicamos o papel desses exames pré-natais, bem como são executados e em quais casos costumam ser indicados. Mostramos, também, onde realizá-los com toda segurança e efetividade em Florianópolis (SC). Se o assunto é do seu interesse, vale a pena conferir!

O que são amniocentese e biópsia de vilo corial?

Amniocentese e biópsia de vilo corial são procedimentos diagnósticos invasivos que visam retirar algum material placentário e/ou fetal para análise laboratorial, sendo a presença de alterações morfológicas fetais o principal motivo para a sua realização. Conheça-os melhor a seguir.

Biópsia de vilo corial

A Biópsia de Vilo Corial consiste em obter e analisar fragmentos de vilosidades coriônicas (placenta), por meio da introdução, guiada por ultrassom, de uma agulha fina no leito placentário, onde são aspirados fragmentos de placenta.

O exame é realizado entre 12 e 14 semanas de gestação. O material permite realizar análises genéticas (cariótipo, microarray, PCR, FISH, exoma fetal).

Limitações: Por se tratar da análise genética da placenta e não do feto em si, podem haver alterações cromossômicas restritas à placenta (mosaicismo placentário) em 1% dos casos, podendo haver necessidade de uma nova análise por amniocentese a depender do caso. 

Amniocentese

A amniocentese é um método de diagnóstico pré-natal que consiste na aspiração transabdominal de pequena quantidade de líquido amniótico através de agulha fina guiada por ultrassom. O líquido amniótico é o líquido que envolve e protege o bebê durante a gravidez, e contém células fetais e várias proteínas que podem ser usadas para análise em determinadas situações. O exame é habitualmente realizado a partir de 16 semanas de gestação. 

Como são os cuidados após os procedimentos?

Após realizar um procedimento invasivo (amniocentese ou biópsia de vilo corial), a gestante pode sentir cólicas. Para preveni-las, recomenda-se fazer repouso relativo por 24 horas.

Outros sintomas, como febre, dores abdominais intensas, sangramentos vaginais e/ou perda de líquido amniótico não são esperados. Caso ocorram, devem buscar ajuda médica imediatamente.

Existem riscos à gestação associados aos mesmos?

Sim. Ainda que pequenos, existem riscos associados à amniocentese e biópsia de vilo corial — aliás, como ocorre em todos os procedimentos invasivos. Porém, é preciso reforçar que os mesmos se tornam mínimos quando realizados por profissionais especializados em Medicina Fetal e com experiência na sua execução.

O risco mais significativo é o aborto, complicação que não ultrapassa 1:300-500 dos casos (0,3-0,5%) quando realizado por médico especializado e experiente. Outras complicações são: sangramento vaginal, contração uterina, perda de líquido amniótico, infecção, falha do procedimento, transmissão de infecção e sensibilização Rh. 

Quando os procedimentos são indicados?

Os procedimentos invasivos de amniocentese e biópsia de vilo corial são indicados quando é preciso confirmar ou descartar alguma doença/alteração. As principais indicações dos procedimentos invasivos são:

  • Alto risco de aneuploidias fetais no exame morfológico do 1º trimestre, o qual possibilita a realização de análises genéticas (cariótipo, microarray, PCR, FISH, exoma fetal);
  • Anormalidades no ultrassom, incluindo alterações estruturais, restrição de crescimento intrauterino, alterações no volume do líquido amniótico;
  • Pesquisa de infecções congênitas, pesquisa de anemia fetal na Aloimunização Rh, diagnóstico das doenças metabólicas hereditárias, avaliação da maturidade pulmonar fetal e nos casos de teste de paternidade.

Para concluir, ambos os procedimentos — amniocentese e biópsia de vilo corial — são extremamente importantes, quando bem indicados. Porém, por serem invasivos, devem ser executados apenas por profissionais altamente capacitados e experientes. Gestantes de Florianópolis e região podem contar com a expertise da equipe da Clínica Materno Fetal, referência em Medicina Fetal.

CRM-SC 9208 Ginecologia e Obstetrícia RQE-SC 5201 Especialista em Medicina Fetal RQE-SC 8913
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