Conheça as opções de tratamentos para anomalias fetais

Conheça as opções de tratamentos para anomalias fetais
Atualizado em 12 de April de 2024

Anomalias fetais são alterações estruturais e/ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina. Quando detectadas no pré-natal, é possível, em alguns casos, intervir durante a gestação, diminuindo as chances de complicações futuras. Para tanto, há diferentes opções de tratamento, tais como cirurgias fetais e procedimentos minimamente invasivos.

Neste artigo, mostramos alguns dos principais tipos de malformações congênitas e as opções de terapêuticas intrauterinas. Confira!

O que são anomalias fetais?

As anomalias fetais são um conjunto de alterações que afetam diversos órgãos e sistemas do corpo humano. Dentre suas causas, há fatores genéticos, nutricionais, infecciosos e/ou ambientais. Já entre os fatores que potencializam as chances de ocorrerem, destacam-se:

  • deficiência de ácido fólico;
  • o consumo de cigarro, bebidas alcoólicas e/ou drogas ilegais durante a gravidez;
  • a presença de diabetes não controlado ou obesidade na gestante;
  • o uso de medicamentos contraindicados para grávidas;
  • a idade materna superior a 35 anos na primeira gestação.

Ainda em relação à origem, essas malformações podem ser estruturais ou funcionais. As primeiras se referem a problemas anatômicos, como as fendas labiais ou palatinas. Já as segundas têm a ver com distúrbios metabólicos, imunológicos, sensoriais, degenerativos e de comprometimento intelectual, como as alterações neuropsicomotoras.

Como é a incidência do problema?

Nos países do continente americano, as anomalias fetais são a segunda maior causa de morte na primeira infância (do nascimento até os cinco anos de idade), atrás apenas da prematuridade. De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que um em cada 33 bebês nasce com alguma malformação congênita.

No cenário global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 295 mil recém-nascidos morrem, anualmente, em decorrência do problema. Já entre os que sobrevivem sem realizar nenhum tipo de tratamento, há o risco aumentado para a ocorrência de deficiências e outras complicações a longo prazo.

Quais são as anomalias congênitas mais comuns?

Segundo o Ministério da Saúde, as anomalias congênitas graves mais frequentes no Brasil são:

  • as cardiopatias congênitas, como malformações do coração, das grandes veias, das grandes artérias, dos septos cardíacos, das valvas pulmonar e tricúspide, das valvas aórtica e mitral, do sistema vascular periférico, entre outras;
  • os defeitos dos membros, como deformidades congênitas do pé, polidactilia, redução do membro superior ou inferior, entre outras;
  • as anomalias cromossômicas, como a trissomia do cromossomo 21, mais conhecida como síndrome de Down;
  • os defeitos de tubo neural, como espinha bífida, anencefalia, craniorraquísquise, iniencefalia, encefalocele, entre outros.

Durante o pré-natal, pode-se diagnosticá-las ou, pelo menos, triá-las por meio da ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre (também chamada de ultrassonografia obstétrica com transluscência nucal e dopplerfluxometria). Outro exame bastante útil nesse sentido é a ultrassonografia morfológica de segundo trimestre com dopplerfluxometria.

Se os achados nos exames e/ou as condições individuais da gestante forem sugestivos para uma cardiopatia congênita, por exemplo, aprofunda-se a investigação com um ecocardiograma fetal. Além dele, há outros exames complementares, indicados em casos específicos, como o exame pré-natal não invasivo (NIPT), a amniocentese e a biópsia de vilo corial.

Quais são as opções de tratamentos intrauterinos?

Ainda que não seja possível corrigir cromossomos ou genes anômalos, algumas anomalias fetais podem ser tratadas com intervenções intrauterinas. Assim, quando possível, a adoção de medidas de intervenção precoces reduz as chances de complicações após o nascimento, diminuindo ou, pelo menos, estacionando a gravidade das sequelas.

Essas intervenções são indicadas individualmente, de acordo com o estágio da malformação. A recomendação ocorre quando o tratamento intrauterino é a melhor opção para o desenvolvimento do bebê ou, até mesmo, a única forma de salvar sua vida. Para tanto, realiza-se uma análise minuciosa dos prós e contras, sempre em conjunto com a família.

Entre as possibilidades de tratamentos intrauterinos, destacam-se as cirurgias fetais para:

  • algumas cardiopatias;
  • mielomeningocele;
  • hérnia diafragmática congênita;
  • obstrução das vias urinárias;
  • transfusão entre gêmeos da mesma placenta;

Além disso, existem os procedimentos minimamente invasivos com o uso de fetoscópios, uma técnica endoscópica. Esses são indicados, por exemplo, para alguns casos de mielomeningocele identificada tardiamente.

Onde realizá-los em Florianópolis?

Os tratamentos para anomalias fetais passíveis de intervenção intrauterina são procedimentos complexos, mas que já levaram a muitos desfechos positivos. Em Florianópolis, SC, pode-se diagnosticar e tratar esses distúrbios na clínica Materno Fetal. Aqui, reunimos um corpo clínico multidisciplinar altamente especializado em Medicina Fetal e devidamente preparado para promover intervenções adequadas e oportunas!

Em caso de dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato. Nossa equipe está à sua disposição!

CRM-SC 9208 Ginecologia e Obstetrícia RQE-SC 5201 Especialista em Medicina Fetal RQE-SC 8913
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